
O Menino-Vento, inquieto, ia e vinha balançando as folhas de todo o Jardim. Até que fez amizade com Romeu-Borboleta-Azul. Como todo bom vento, soprou Romeu até Julieta-Amarela-Borboleta. E o que não podia deixar de ser, aconteceu: apaixonaram-se Julieta e Romeu. E entraram os três na Floresta, de onde se esqueceram de sair. Até que anoiteceu!
A estas alturas o Jardim já estava em polvorosa. Borboletas amarelas e azuis atrás dos dois jovens perdidos. Procuraram muito, muito. Até que os encontraram. Então, voltaram todos para casa. E a primavera seguinte foi assim: borboletas e flores de todas as cores, juntas e espalhadas por todo jardim. Todos acharam graça do Menino-Vento, que soprou água do lago e uma fala que Julieta-Borboleta esqueceu.
Menino-Vento-do-Dente-Mole agora dorme. E eu penso que vou ter cadeira cativa na vida dele, primaveras e primaveras adentro, e sorrio.
Um comentário:
ainda bem que a seca não dizimou tudo.
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