Giro em torno de mim mesma: claridade e sombra alternadas. Nunca passo no mesmo ponto, mas sempre perto, quase na órbita.
Cometas habitam meu céu e se perdem pra voltar em oitenta anos. Meteoros arrancam luas do meu corpo. Ora vejo planetas, ora a luz me ofusca.
Tudo quase sempre igual, mas a mudança nunca cessa. Nesse meu pequeno mundo, o gelo polar se derrete, formam-se marés, tsunamis, furações, incêndios, enchentes.
Sou autônoma. Quase autônoma. Há, porém, um sol, que também se movimenta, que atrai e que alimenta minha natureza viva.
Ressaca do réveillon
Há 5 anos
Nenhum comentário:
Postar um comentário