Tiro a capa de chuva, o peso dos anos. Tiro de mim os lamentos e a auto-crítica. Estirpo um pedaço de coração gangrenado, que atrapalha o fluxo de amor e sangue. Desvisto a casca, por que sou uma serpente. Serpente-mulher.
E de uma hora para outra estou cercada de criaturas encantadoras. A música toca e todos se balançam, cada um a seu modo. A rua por onde a gente passa de mãos dadas também é encantada. A luz amarela dos postes, o cheiro de hortelã da última chuva.
Estou também eu encantadora no meu vestido novo.
Ressaca do réveillon
Há 5 anos
3 comentários:
Seu blog e seus leitores sentem sua falta.
Isso aqui está às moscas, não é meu amigo? Parabéns pelo livro novo. Beijos.
Sim. Está às moscas. Que pena.
Hoje vi uma amarilis que era vermelis. Lmbrei de você.
Beijo.
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