quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Avareza

Alto da torre, o sino bate a uma.
Toda hora soma nãos à madrugada.
O sol sai, ilumina a insônia infame.
O mundo brilha além das pálpebras pesadas.

Não, não, não, não, não, não, naummmm. Sete horas!
Horas lentas de agonia, sem palavra.
O silêncio frio devora a fera.

E o que resta da noite é vil escolha,
entre o não solene e sonoro do sino
e o suspense calado da espera.

3 comentários:

pedro mendonça disse...

Extamente como me senti quando acordei hoje, depois de um sonho ruim.

Klotz disse...

Gosto da sonoridade das suas palavras.

Amarilis disse...

Melhor com você
na avant-première.

;-) Beijo!