terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Reencontro com o mar e amar

V. Ovchinnikov. A girl and waves. 1958.
http://www.leningradartist.com/


Depois de vários capotes, de engolir muita água salgada e ficar de olhos ardidos; depois de dormir na praia sem protetor e ficar bicolor; depois de ser queimada por água viva e arrastada pela correnteza pro fundo, pro lado, pro centro, pra dentro; depois de tudo que ele já me fez, continuo a amar o mar. Enorme, maravilhoso, constante em suas marés. Mesmo sendo imprevisível, indomável e te arrastando contra a vontade; cura dor de garganta, cicatriza a ferida, acalma com a sonoridade, a cor e o perfume que só ele tem. O mar pra mim lembra amar.

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