segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Ausência

Eu quero a companhia dos mendigos
Vento frio e goteira das marquises
Eu quero a solidão nas ruas sujas
Mas nenhuma das palavras que me dizes

Eu quero andar sozinho pela noite
Sorver de um trago só toda a cachaça
Outro açoite que não seja de tua boca
Que seduz, engana e acha graça.

Eu quero inundação e quero incêndio
Qualquer flagelo que distraia a tua ausência.

2 comentários:

Dias de Setembro disse...

"Qualquer flagelo que distraia a tua ausência"...Bela, bela poesia! Beijo, Tita

Amarilis disse...

Obrigada Tita, por deixar seu comentário por aqui. É sempre bom receber visita :-).
Beijo!