segunda-feira, 17 de agosto de 2009

A luz do dia

















Pedi pra parar o tempo
no instante em que te rias
de minha sombra em movimento
na luz última do dia.

Porém, porque a noite cai
e rouba as cores que havia,
teu rosto perdeu os ares
de festa e de alegria.

Se pudesse trazer de volta
o minuto exato em que rias...
Riria contigo, ficaria nua.

Mas o instante se foi
e teu silêncio anuncia,
que eu nunca mais serei tua.

2 comentários:

pedro mendonça disse...

Desde o desvario animado das águas as imagens que você produz são cada vez melhores. Poesia é isso mesmo, fazer imagens surgirem com movimentos e emoções.
Muito bem! Podes agora sair por aí destruindo corações sem a menor crise de consciência.

Amarilis disse...

Obrigada, queridão!

Sobre os corações, faz um tempo não encontro algum inteiro... E destruir coração remendado seria muita covardia. Não seria? Beijo.