sábado, 1 de agosto de 2009

4 visões do amor

Fui ao salão e aproveitei pra dar uma lidinha na Caras. Pois é, aprendi com a psicóloga da revista que hoje em dia as pessoas só querem ser bonitas, malhadas, perfeitas de corpo, etc e tais, mas não desenvolvem o espírito. Daí os relacionamentos não vão pra frente e as pessoas estão cada vez mais sozinhas... Well, well, será que até a revista Caras me fará entrar numa mini-crise existencial?

Tava voltando de férias pela longa estrada em linha reta, que liga São Paulo à Brasília, ouvindo rádio. Rádio que só pega até Uberlândia. Pois bem, tava escutando o programa do Gasparetto, conhece? É um doido aí... Ele dava esculacho nos ouvintes. Dizia que cada um se amasse, fosse amigo de si mesmo, parasse de querer ser mais do que é e se assumisse. E dizia mais, que não acreditava no amor, aquele amor desesperado dos ouvintes. Sapeei o Google e parece que ele é médium.

Um pouco antes, tinha recebido por email a entrevista da Maria Rita Kelh ao jornal gaúcho Zero Hora, em que ela falava do seu trabalho com o MST. Ficou na minha cabeça um trecho em que ela diz que o amor romântico não está na prioridade da vida daquelas pessoas. Eles estão mais preocupados em tocar seu projeto de vida, dentro da coletividade.

Antes das férias, havia comprado de um livreiro ambulante "A mão e a luva" de Machado de Assis, cuja leitura foi uma das pedidas no meu breve recesso. Dizem que é da fase romântica do autor, porém já comporta uma certa ironia, típica da fase realista. No livro, o amor não é aquele sentimento idealizado, puro e motivador da aventura humana. Mas um produto da inteligência, guiado pela realidade concreta, por interesses diversos da alma humana. E, vejam bem, foi escrito no século XIX.

E como tô contando essa história do fim pro começo, devo dizer que antes de tudo isso eu tava pensando que seria legal amar de novo, de um jeito romântico, belo e puro... Porém, o que vai ser do amor agora, depois de tanta informação? Há que se amar com inteligência e pensar com o coração?

8 comentários:

Unknown disse...

Tsc tsc tsc... Lendo caras, hein???

Óquei, eu não acredito no amor romântico. Acho que ele acontece brevemente no momento da paixão, mas é bom que passe logo senão dá m*rda. Sou adepto do amor vivencial, quando vc descobre que o vaso quebra SIM, então devagar com o andor.

Prontofalei.com.br!

Amarilis disse...

Ei Marcão, que legal você por aqui!!!

Devagar com o andor, também acho. Fora os descontroles normais e passageiros... hehehe.

Beijão.

PS.: aos 35 eu me permito! (ler Caras no salão, já que acabaram com a Bundas. rs)

Klotz disse...

É por isso que jamais leio Caras. Corto cabelo em barbeiro e não em salão.
No barbeiro leio a Playboy: a revista que fala de amor pela ótica masculina.

Amarilis disse...

Você não está perdendo nada... Mas sabe que me deu idéia? Vou começar a ler a Playboy pra ver se aprendo alguma coisa mais interessante :-)

Só fiquei com uma dúvida, a ótica masculina do amor é a das lentes e fotoshops, ou tem também umas filosofias?

Beijo.

O Maltrapa disse...

O Amor é pura filosofia!... Mas não que um belo bumbum atrapalhe qualquer reflexão mais profunda...

O Maltrapa

Unknown disse...

Querida amiga,

tenho lido seu blog mais do trabalho do que de casa e, como lá a caixa de comentários não é habilitada, acabo não dividindo com você os inúmeros pensamentos que seus textos sempre me despertam.

A entrevista da Kehl, que você me enviou por e-mail, me encafifou exatamente pela mesma razão. E também me fez pensar sobre o assunto. E também me fez ter vontade de escrever um post. Mas ando preguiçosa... :)

Que bom que você continua escrevendo. Seus textos cada vez mais agudos, cada vez mais afiados! Sempre que leio, penso: essa mulher não existe...

Um beijo, saudade!

Cris.

Amarilis disse...

Oi João,
Tem razão. Quanto mais misturado, mais divertido fica!
Beijos.

Amarilis disse...

Oi Mulher Solteira!!! Que legal te ver de volta. Então: escreva! Vamos fazer de novo uns interposts como nos velhos tempos...

Obrigada, viu, pelo incentivo. Tô toda cheia - em pensar que você pensa que eu não existo. Hahaha.

Beijão!