sexta-feira, 25 de abril de 2008

Da janela



Da minha cadeira, vejo as pontas da Catedral entre as árvores e um céu muito azul. Seria o lugar perfeito para a mesa do meu colega, que trabalha nesta sala há mais de 20 anos e é um homem cristão. Porém, ele se senta de costas para a paisagem.

Aqui, só eu abro e fecho as persianas, pois sol e chuva me atingem primeiro. Minha mesa é de segunda mão, o pé da cadeira desvia de um buraco no chão. Isto é uma repartição!

Mas é dessa cadeira que eu vejo além. Este ângulo é só meu e vai ficando em segredo... Até que alguém se sente no meu lugar, ou bem perto, e com tempo e paciência possa achar graça na beleza que, casualmente, olha pra mim.

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