domingo, 21 de junho de 2009

O fim do amor

Toda noite, antes de dormir, ele amola o punhal e o deita debaixo da cama.
É seduzido no meio da noite e revida a punhaladas. Assassina!
Já arrancou a praga, mas ela insiste em brotar em seu canteiro árido.
Vai matar, enterrar e chorar sobre a lembrança uma centena de vezes...
Até que a terra finalmente crie uma nova, pequena e frágil flor.

Um comentário:

pedro mendonça disse...

É um vírus insidioso, ele se esconde onde nada o atinge, quando as guardas estão desatentas ele ataca e destroí tudo o que foi reformado. É uma praga. Diria que é algo metafísico, sem chance de ser apreendido pelo intelecto, somente inferido pela razão.