É a primeira vez que trago o computador pra minha cama. Mas um dia como hoje merece terminar no conforto macio desse edredon, e derramar uma linha no blog. Adoro essa internet wireless, que me permite fazer café e olhar o email, ao mesmo tempo. Acho que computador e cozinha combinam bem. Quarto e cama, pra mim, já combinam com outra coisa... Mas isso é assunto pr'outro post.
O dia hoje foi difícil, emocionado, tão cheio de momentos diferentes que parece que não foi um dia só. Logo de manhã, ele chorou de um jeito que me quebrou. Tudo por causa de um dente que precisou fazer canal. No fim da sessão, a dentista disse que nunca tinha visto um menino tão corajoso... Ser corajoso, meu bem, não é fácil. Ser corajoso é enfrentar a dor, como ele fez, sabendo que esse é o único caminho pra parar de doer.
Pouco mais tarde escutei, do lado de cá da linha, minha mãe narrar o assalto, de 8:30 da manhã. Isso é hora de vagabundo dormir, não de sair por aí tomando o carro da mãe de ninguém. Mas eles não pensam assim. O carro, a bolsa, o estresse que fica um bom tempo, e a gripe que vai pegar quando passar o susto... Susto, medo, tristeza deixam a gente doente, sabia?
Teve tudo isso... Enforquei a manhã, trabalhei a tarde, um tanto desconcentrada. Chorei na minha cadeira, lugar onde não se chora. Fui vista assim indefesa pelos mais chegados. Deixando a dó salgada correr dos meus olhos. Um sentimento de perda e de amor, que faz tempo eu não tinha. Ver sofrer quem se ama dói. Mas é aí que a gente lembra que sabe sim amar.