segunda-feira, 26 de maio de 2008

Tempo

É bom lembrar que houve um tempo geológico para a formação das cordilheiras. Que passaram-se milênios entre a pedra lascada e os robôs filmarem Marte. E que se conta em décadas a vida inteira de um homem.

É necessário paciência, pois vão-se meses até a colheita do trigo. Dias para encontrar a quem se ama, horas para sentar à mesa.

E atenção. Pois são poucos os minutos até a asfixia e apenas segundos a duração do orgasmo.

Todo tempo - ínfimo ou interminável - tem a sua importância. Às vezes é preciso pensar o futuro longínquo, que nem mesmo será nosso. Outras vezes, esquecer o dia, perder a hora, deixar-se envolver na passagem ritmada dos segundos.

Um comentário:

Renatinha disse...

Mas porque nunca temos tempo para esquecer do tempo?
beijos
Re