quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Querida, cheguei!

Caminho de volta pra casa, me aborda um sujeito com um churrasquinho na mão. Oi, sou o fulano, sou militar, estou de férias. Como é seu nome? Sorrio e respondo.

Ele dá uma boa olhada pra mim e me elogia. Trabalha onde? Senhora ou senhorita? Qual a sua idade? Tem namorado? Mede a altura com a minha e completa, amanhã eu volto pra te ver, me dá seu telefone?

Fiquei sem jeito de dizer um não seco. Enrolei fazendo algumas perguntas, às quais ele respondeu com sinceridade comovente. Quando eu for a Belém vou me divorciar, essa distância não dá, odeio ficar sozinho. Além do mais, você acha certo eu viver assim, só de água mineral e churrasquinho???

2 comentários:

pedro mendonça disse...

Tão cedo passa tudo quanto passa!
Morre tão jovem ante os deuses quanto morre! Tudo é tão pouco! Nada se sabe, tudo se imagina.
Cirdunda-te de rosas, ama, bebe e cala.
O mais é nada.

Ricardo Reis - 1923

Amarilis disse...

É isso, meu querido. Quero as rosas, amar, beber e calar... na companhia de Fernando, em Pessoa! Rs. Beijos